domingo, 28 de agosto de 2011

Memorial


Memorial Reflexivo


Aluna :Janaina Cecília de Paula Tosta

Área do conhecimento: Proinfo –


Sou professora de Educação Especial há 14 anos e por muito tempo nossos serviços se deram de forma substitutiva ao ensino regular, ou seja,atuávamos como sistema paralelo de ensino.no final da década de 80, surgiu o movimento de inclusão, tendo como base o principio de igualdade de oportunidades nos sistemas sociais, incluindo a instituição escolar. A atual Política Nacional de Educação  Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, de janeiro de 2008, reafirma o direito de todos os alunos à educação no ensino regular recebendo quando necessário, o Atendimento Educacional Especializado. Dentro desse cenário, hoje atuo no Atendimento Educacional Especializado trabalhando com alunos com alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento. No contexto do Atendimento Educacional Especializado, cabe aos professor ensinar e também utilizar os recursos da Tecnologia Assistiva (TA). As tecnologias assistivas “são recursos desenvolvidos e disponibilizados às pessoas e disponibilizados às pessoas com deficiência  e que visam ampliar suas habilidades no desempenho das funções pretendidas. São recursos que visam á autonomia e à independência funcional de seus usuários. Quando tomei ciência sobre o curso, me confundi e achei que era um curso sobre T.A. e adorei a idéia, pois  seria um momento para aprender mais e assim poder acrescentar mais conhecimento a minha pratica pedagógica, uma vez que penso na minha ação pedagógica como sendo um trabalho de constante criação, um saber pautado na singularidade de meus educandos. Sendo assim e acreditando ser um curso sobre T.A. , solicitei que minha diretora fizesse minha inscrição para que eu pudesse ter mais subsídios para usar os recursos disponibilizados pelo A.E.E , pois sempre soube que encontraria entraves, trabalhando dentro dessa perspectiva inclusiva, porem sempre  ciente de minha responsabilidade.  Na aula inaugural, não pude estar presente . chegou o dia da primeira aula no                                . Logo no inicio percebi que não se tratava do curso que eu acredita estar inscrita. Bateu uma grande insegurança, pois afinal eu nada entendia sobre computadores.  O curso de Introdução à Educação Inclusiva visava oferecer subsídios teórico- metodológico –práticos para que nós, professores, pudéssemos:
_compreender o potencial pedagógico de recursos das TIC no ensino e na aprendizagem em suas escolas;
_planejar estratégias de ensino e aprendizagem integrando à construção de conhecimento,à criatividade, ao trabalho colaborativo e resultem efetivamente no desenvolvimento dos conhecimentos e habilidades esperados em cada série;
_utilizar as TIC na prática pedagógica, promovendo situações de ensino que focalizem a aprendizagem dos alunos.
Nesse dia lembro-me de que fiquei sentada, quieta, apenas observando e pude perceber que a maioria dos professores que estavam naquela sala tinham as mesmas duvidas que eu. Todos estavam lá por que pouco ou nada sabiam sobre computadores, mas estavam dispostos a aprender. Decidi continuar na aula e pensei “dessa vez eu aprendo a mexer no computador”. Confesso que não foi nada fácil e a cada aula era para mim a superação de um obstáculo. Apesar do após um dia de trabalho, nosso encontros passaram a ser momento prazerosos. Como eu tinha muita dificuldade, por vária vezes contava com a ajuda dos colegas para conseguir concluir as atividades propostas. Durante as aulas tive a oportunidade de estreitar laços de amizade, conviver com pessoas queridas e, é claro, aprender. Tinha dias que até minha cabeça doía, tamanha minha dificuldade, pensava em ir embora, desistir... e lá vinha Mariclaudia, com um brilho no olhar , que eu conseguia captar , supondo que eu era capaz de aprender. Mariclaudia demonstrava saber que cada sujeito aprende de uma única e num tempo que lhe é peculiar a cada estilo. E como ela foi paciente... as aulas foram para mim um universo de descobertas, uma maneira nova de me ver, ver os outro e a Educação. As aulas oportunizaram uma aprendizagem significativa para mim, pois apesar das dificuldades eu estava aprendendo. Minha tutora me fez perceber que eu tinha que participar do avanço tecnológico com a sociedade em geral e também estar utilizando essas tecnologias com as crianças. Em experiências vividas com alunos com necessidades educacionais especiais, verifiquei que a grande vantagem do computador com nossos alunos é que qualquer um consegue ter acesso à informação e a possibilidade de comunicação independente de sua condição físico / funcional. A interface gráfica e os dispositivos de entrada e saída do computador são ferramentas valiosas que auxiliaram as pessoas com deficiência em suas atividades escolares.
Esse foi mais motivo pelo qual procurei me superar, pois tinha que aprender a usar os hardwares e softwares para poder ensina-los a usar o computador com mais autonomia.
Como já escrevi, nem tudo foram flores. A criação do blog foi muito difícil e para superar as dificuldades encontradas, mais uma vez, contei com a ajuda de colegas. Dessa vez foi a coordenadora da escola Especial que prontamente me auxiliou.
Outro ponto que não posso deixar de comentar é que acredito que o trabalho da tutora Mariclaudia ficou prejudicado devido as más condições de  uso das máquinas, desde o mouse , lentidão dos computadores até internet deficiente. Creio ter sido difícil para a tutora trabalhar nessas condições e ainda mais numa turma numerosa, com tanta diversidade de estilos, ajudar cada aluno a descobrir seu jeito de aprender, acompanhar nossa aprendizagem e ainda ter máquina que muito atrapalharam  sua ação pedagógica, pois  em alguns momentos não eram todos os alunos que conseguiam acompanhar as aulas . também acredito ser imprescindível que ela tenha um monitor para auxilia-la  de modo a tornar mais significativa a aprendizagem dos cursistas. Enfim, o mais importante é que consegui concluir o curso, acreditando que sou capaz de aprender  e que o computador não é um monstro prestes a me devorar. 

FOTOS ....


















sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Aula sobre o FOLCLORE


CULINÁRIA NO FOLCLORE

“MÃOS NA MASSA”

Publico alvo: -Alunos da sala do Jardim da Escola Municipal de Educação Especial “Sergio Alves Porto”
                          -Alunos com Transtorno Global do Desenvolvimento atendidos na sala do Atendimento Educacional Especializado do “Centro de Referência de Inclusão de Arujá”

Justificativa: - Folclore é a maneira de agir, pensar e sentir de um povo ou grupo com as qualidades ou atributos que lhe são inerentes, seja qual for o lugar onde se situa, o tempo e a cultura. Não é apenas o passado, a tradição, ele é vivo e está ligado à nossa vida de um jeito muito forte.

O saber folclórico é o que aprendemos informalmente no mundo, por meio do convívio social – por via oral ou por imitação.

Cabe ao professor saber aproveitar o atraente, rico e variado mundo do folclore como fonte inesgotável de motivação didática e de elevada importância pedagógica.
         
Outra experiência folclórica é a culinária que resulta do encontro com diferentes culturas. A culinária brasileira é rica, saborosa e diversificada. Cada um dos estados brasileiros tem seus pratos típicos, preparados de acordo com antigas tradições, que são transmitidas a cada geração. Partindo dessa perspectiva aproveitei o momento para proporcionar um momento de interação entre mães e filhos, no qual selecionamos uma receita comum entre o grupo e que fosse apreciada pelos alunos.


Objetivos: -Resgatar, vivenciar e valorizar a culinária popular brasileira;
                   - Promover interação entre mães e filhos;
                   - Possibilitar a troca de saberes entre as mães;
                   - Estreitar vínculos afetivos.

Desenvolvimento:- As atividades foram desenvolvidas de forma coletiva com a interação professor, mães e alunos na sala de aula. As mães puderam trazer receitas comuns da cultura popular brasileira.

Avaliação: -A avaliação foi feita através de registro por parte da professora frente à participação e interação de cada aluno e sua mãe, de forma individual e coletiva.


Produto final: -Registro da receita no nosso livro de receitas;
                           -Tarde de degustação.



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O MEU IRMÃO




O meu irmão tem 18 anos e um QI de 30-40. Está na escola há 12 anos. Teve
ensino individualizado durante vários anos e aprendeu imensas coisas!
O meu irmão coloca 100 pregos num quadro de furos em menos de 10
minutos com 95% de êxito.
Mas não consegue por moedas numa máquina de refrigerante.
Se lhe pedirem, consegue apontar o nariz, braço, ombro, pé, perna, cabelo e
orelha. Ainda não sabe bem o pulso, tornozelo e quadril.
Mas não assoa o nariz sozinho.
Consegue fazer um quebra-cabeça de animais com 100% de êxito e colorir um
boneco dentro das linhas.
Mas gosta mais de música. No entanto nunca ninguém lhe ensinou a ligar um
rádio.
Consegue dobrar folhas de papel ao meio e em quatro partes.
Mas não consegue dobrar as suas roupas.
Consegue separar blocos por cor, mesmo que tenham dez cores diferentes!
Mas não consegue separar as roupas, coloridas das brancas para lavar.
Consegue fazer lindas cobras com massinha.
Mas não consegue amassar a massa do pão nem cortar biscoitos.
Consegue enfiar contas num fio, com cores alternadas seguindo um padrão.
Mas não consegue amarrar os sapatos.
Consegue dizer os nomes de todas as letras que lhe apresentem num cartão
com 80% de êxito.
Mas não consegue fazer a diferença entre o sinal de banheiro para homem e
mulher quando vai ao McDonald’s.
É possível dizer-lhe que está chovendo e ele pega uma nuvem de feltro e
coloca-a num quadro no dia certo (com assistência).
Mas ainda não sabe que deve levar capa de chuva para a rua quando está
chovendo.
Aponta para 100 imagens diferentes nas cartas do Peabody (um teste de
vocabulário) com 100% de êxito.
Mas não consegue pedir um hambúrguer apontando para uma imagem.
Consegue andar numa trave para frente e para trás.
Mas não sobe as escadas sem assistência para se sentar no lugar quando vai a um jogo de basketball.
Consegue contar até 100 sem problema.
Mas não sabe quanto deve pagar por um McDonald’s especial.
Consegue por um cubo em cima, ao lado, e debaixo de uma caixa.
Mas não consegue achar o cesto de lixo e por lá dentro os restos da refeição
no McDonald’s.
Senta-se em circulo, com comportamento adequado, e canta “Cirandinha”.
Mas não há ninguém na vizinhança que goste de fazer isso.